Ultan O’Meara, um irlandês de modos ligeiros, diz que era consumido por uma inquietação no ano 2000, assim que se formou como engenheiro eletrônico. Queria ajuda espiritual para vencer a inércia e descobrir o que fazer da vida. Veio para Abadiânia depois de ler o livro “The Miracle Man”, sobre João de Deus. Gostou tanto que foi ficando. Casou com uma brasileira e hoje administra o point mais movimentado de Abadiânia: um restaurante vegetariano decorado à moda dos lugares mais descolados das capitais brasileiras, com plaquetas envelhecidas retratando xícaras de café fumegante, um colorido cartaz com o nome de sucos, alegres revezamentos de nossas frutas típicas e outras mais bem conhecidas. Esta decoração faz lembrar as pequenas vilas mais infladas de turistas do nosso litoral, como Trancoso ou Caraíbas. Tomar um café ali é como assistir distraído à missa do Galo: sempre sobra uma palavrinha para cada idioma. Ultan, o mentor de tudo isto, é casado com uma brasileira e tem duas filhas. Se encontrou o que procurava? “Acho que sim,” afirma.

 

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