Dresden – 27 de julho a 2 de agosto 2008
Foi em Dresden, cidade alemã das artes e da cultura, que se estende sobre as margens do Elba, que se realizou, em 1908, o primeiro Congresso Vegetariano Mundial. Desde aí, os Congressos foram organizados no mundo inteiro – o mais recente em Goa, na Índia, em 2006 – para voltar a Dresden, na ocasião do 38º Congresso Mundial que terá lugar em 27 de Julho a 2 de Agosto e será organizado pela União Vegetariana Alemã (VEBU), a União Vegetariana Internacional (IVU) assim como a União Vegetariana Européia (EVU).
Este evento terá lugar no Kulturpalast de Dresden, com o tema “100 Anos de Revolução Alimentar”, fazendo assim honra ao sucesso crescente que ganhou uma alimentação inovadora e sem carne.
Thomas Schönberger, Presidente da VEBU, diz que “O tema escolhido celebra ao mesmo tempo o primeiro século de existência do movimento mundial vegetariano enquanto movimento unido e o centenário da criação da União Vegetariana Internacional, fundada em Dresden, em agosto de 1908”. Enquanto que um modo de vida vegetariano era antigamente visto como algo sobretudo exótico e pouco habitual, e produtos vegetarianos específicos foram durante muito tempo raros, a humanidade encontra-se atualmente em plena revolução alimentar.
Para milhões de pessoas no mundo, principalmente, por razões éticas, o vegetarianismo tornou-se na forma mais natural de levar a existência. Segundo uma pesquisa recente, 10% da população alemã já adotou um modo de vida vegetariano. Por outro lado, os produtos sem carne, saborosos e de excelente qualidade, estão disponíveis em praticamente todos os supermercados ou lojas de produtos naturais.
O Congresso, que se estenderá durante uma semana, proporá uma gama variada e atraente de conferências sobre temas como a ética, a religião e a espiritualidade, a alimentação, a saúde e o desporto, a política e a sociedade, a ecologia e preservação da natureza, a fome, os direitos e o bem-estar animal. As conferências serão levadas a cabo por oradores de peso, cada um envolvido num dos domínios apresentados e defendendo um modo de vida vegetariano.
A Dra. Vandana Shiva, ambientalista indiana, conhecida pelo seu envolvimento na proteção dos direitos civis, mas igualmente feminista e vegetariana, figurará entre os mais eminentes participantes. Em 1993, ela recebeu o prémio Nobel alternativo por “ter conseguido colocar as mulheres e a ecologia no centro do debate atual em matéria de política de desenvolvimento.” Em vez de permanecer nos EUA e prosseguir numa carreira científica na qualidade de física, ela decidiu voltar à Índia a fim de ajudar e encorajar a população no combate contra o desflorestamento massivo. Ela coloca toda a sua sabedoria à disposição das populações locais e luta ao lado delas para evitar que sofra uma exploração que visa satisfazer os interesses do seu próprio governo assim como o dos mercados internacionais.
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